Acessibilidade. Projetar para todos, e não somente para o “homem-padrão”,
se tornou primordial. É a chamada arquitetura inclusiva. A ideia é aceitar as
diferenças entre as pessoas, gerando e permitindo a acessibilidade.
O Brasil tem hoje cerca de 27 milhões de deficientes e 19
milhões de idosos (devendo ultrapassar os 30 milhões em 10 anos). O crescimento
destes números é um indicativo de que é preciso planejar os espaços de forma a
garantir o acesso a qualquer pessoa.
Atualmente, as pessoas que possuem algum tipo de deficiência tem
o seu direito à acessibilidade assegurado pelas leis federais n° 10.048 e n°
10.098, de 2 de dezembro de 2004. A primeira trata de atendimento prioritário e
acessibilidade nos meios de transporte. Já a segunda, trata este ponto nos
meios físicos, de transporte, comunicação e informação.
Na arquitetura, a Norma Técnica Brasileira (NBR) 9050/04 –
Acessibilidade a Edificações, Mobiliário, Espaços e Equipamentos Urbanos – rege
os profissionais para que o respeito às diferenças sejam respeitados. E não se
trata apenas de rampas de acesso. São banheiros para cadeirantes ou pessoas com
mobilidade reduzida, plataformas, barras de apoio, pisos táteis, elevadores
acessíveis, sinalização inclusiva.
Mas tudo isso é resultado de grandes manifestações. Até pouco
tempo, essa era uma realidade distante, onde as pessoas que tinham algum tipo
de deficiência tinham muito mais dificuldades. As normas colaboram para a
melhoria dessas condições, além de permitir que os direitos sejam cobrados e
fiscalizados.
O caso está encerrado? Existe acessibilidade para todos? Ainda
não. Esta realidade ainda está longe de ser atingida. Muitas melhorias podem
ser observadas. E tantas outras ainda devem ser feitas. Os profissionais da
construção (arquitetos, engenheiros, designers, entre outros) devem permanecer
atentos à inclusão, às diferenças, às necessidades das pessoas.
Até o próximo post!
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